ARRUME AS MALAS E VÁ PARA SAMPA
O pianista pernambucano Vitor Araújo pode não ser um jovem como os outros de sua idade: aos 19 anos, destaca-se entre os músicos eruditos do Brasil. Ao mesmo tempo, não parece exatamente com os outros pianistas clássicos. O que o diferencia é, justamente, a necessidade de criar um diálogo entre a música de sua geração e a tradicional música erudita tocada no piano.
Em três apresentações no Teatro FECAP (Av. Liberdade, 532, tel. 3272-2277 - http://www.fecap.br/), nos dias 14, 15 e 16 de agosto, Vitor passeará entre o erudito e o popular que, para ele, andam juntos. No espetáculo batizado de TOC, Vitor mostra diversas facetas: o erudito, com as Bachianas de Villa-Lobos, o pop, com Paranoid Android do Radiohead, o popular brasileiro, com Samba e Amor de Chico Buarque e, até, uma composição própria, Valsa para Lua. Tudo isso com a jovialidade com que ele sente a música.
O programa completo do recital é: Dança do Índio Branco (Heitor Villa-Lobos); Comptine D'un Autre Été (Yann Tiersen); Samba e Amor (Chico Buarque De Holanda); Paulistana Nº 1 (Cláudio Santoro); Toc (Tom Zé); Valsa Para Lua ( Vitor Araújo); Miudinho – Bachiannas Nº 4 / Trenzinho Do Caipira (Heitor Villa-Lobos); Asa Branca (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira); Paranoid Android (Radiohead); Valsa Da Dor (Villa-Lobos).
Vitor Araújo, por Bernardo Mortimer
Vitor Araújo surgiu como o prodígio que pisava no piano. À primeira vista, era o pianista de All Star. Aos poucos, foi sendo descoberto como o músico erudito que improvisava, e que nas terras de polêmicas armoriais tinha desafiado o frevo, o indie e o conservatório. Hoje, essa fase começa a ficar para trás, e Vitor Araújo começa a ser o pernambucano parceiro de Junio Barreto, convidado de Otto, fã de Mombojó e integrante do Seu Chico, que ainda por cima é a revelação do ano de 2008 para a Associação Paulista de Críticos de Arte.
Aliás, entre os pernambucanos que um dia foram ídolos do ainda garoto de 19 anos, ele é Vitaraújo. Com sotaque, por favor. Assim, Vitaraújo é o rosto mais novo de uma geração que saía da infância quando Chico Science rufou as primeiras alfaias e deu o choque na lama estagnada de Recife e Olinda. O que era do mangue bit, há uns quinze anos, hoje é uma capital que abarca não só maracatu, cirandas, funks, rocks e hip hops, mas cinema, musas, música pra roçar, e um piano nada deslocado. É da confusão de uma grande cidade que ferve que Vitinho (não esqueça o sotaque) tira a concentração para marcar suas fronteiras: "Meu objetivo é trocar sentimentos com o público. Eu quero ver o público aplaudir de pé, mas meu trabalho é muito sincero".
Ainda sobre os conterrâneos contemporâneos, Vitaraújo manda que "Todos se abraçam com muita facilidade, e mesmo eu sendo um erudito, eu também entrei nessa turma . Sai coisa de lá aos montes, e com qualidade, não é fast-food". A espontaneidade do pernambucano, portanto, depende sempre do espírito que se cria em torno do palco. "O público faz o show. Quando tem praia na cidade, sempre é mais quente". Tomara que faça sol.
O TEATRO FECAP
O Teatro FECAP é o espaço da música brasileira em São Paulo. Desde a sua inauguração em setembro de 2006, com quatro semanas de shows de Paulinho da Viola, o Teatro FECAP vem apresentando o melhor da música brasileira em seus diversos gêneros, quase sempre com espetáculos especialmente concebidos, que se beneficiam de sua extraordinária acústica e aparelhagem sonora.
Entre os artistas que passaram por seu palco estão: Rosa Passos, João Bosco, Martinho da Vila, Arnaldo Antunes, Roberta Sá, Tânia Maria, Eduardo Gudin & Leila Pinheiro, Raul de Souza, Roberto Menescal & Andy Summers, Mônica Salmaso & Pau Brasil, Toninho Ferragutti, Joyce, Ângela RoRo, Quarteto Maogani, Proveta, Cristina Buarque & Terreiro Grande, Germano Mathias, Mario Adnet, Proveta, Ângela Ro Ro, Boca Livre, Chico César, Teresa Cristina & Grupo Semente, Toninho Horta, Pife Muderno, Leny Andrade, Quinteto Violado, Nana Vasconcelos & Yamandú Costa, Altamiro Carrilho e Dominguinhos.
Ficha técnica do Teatro FECAP: Homero Ferreira (Direção artística), Américo Marques da Costa (Direção de produção), Thyago Bráulio (Produção executiva), David Alexandre e Camila Speciali (Produção executiva), Alberto Ranellucci (som), Carlos Rocha (som), Rafael Valim (som), Silvestre J. R. e equipe (iluminação), Valéria Marchesoni (design gráfico).
VITOR ARAUJO em TOC no FECAP - Serviço
Local: Teatro Fecap (Av. Liberdade, 532, tel. 2198–7719 - www.teatrofecap.com.br)
Datas e horários: 14, 15 e 16 de agosto – sexta e sábado, 21h, e domingo, 19h
Lotação: 400 lugares
Duração: 90 minutos
Preços: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Bilheteria: de terça a sábado, das 14h às 21h; domingo, das 14h às 19h, no próprio teatro.
Internet: www.teatrofecap.com.br
Central de Ingressos: através do telefone (11) 2626-0929. De segunda a domingo das 9h às 21h.
(Cartão de Crédito: Master, Visa e Dinners).
Estacionamento c/ manobrista: R$ 12,00
Recomendado para maiores de 12 anos
Acesso para deficientes físicos
Teatro: Ar condicionado e wine bar
Mais informações: (11) 2626-0929
Em três apresentações no Teatro FECAP (Av. Liberdade, 532, tel. 3272-2277 - http://www.fecap.br/), nos dias 14, 15 e 16 de agosto, Vitor passeará entre o erudito e o popular que, para ele, andam juntos. No espetáculo batizado de TOC, Vitor mostra diversas facetas: o erudito, com as Bachianas de Villa-Lobos, o pop, com Paranoid Android do Radiohead, o popular brasileiro, com Samba e Amor de Chico Buarque e, até, uma composição própria, Valsa para Lua. Tudo isso com a jovialidade com que ele sente a música.
O programa completo do recital é: Dança do Índio Branco (Heitor Villa-Lobos); Comptine D'un Autre Été (Yann Tiersen); Samba e Amor (Chico Buarque De Holanda); Paulistana Nº 1 (Cláudio Santoro); Toc (Tom Zé); Valsa Para Lua ( Vitor Araújo); Miudinho – Bachiannas Nº 4 / Trenzinho Do Caipira (Heitor Villa-Lobos); Asa Branca (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira); Paranoid Android (Radiohead); Valsa Da Dor (Villa-Lobos).
Vitor Araújo, por Bernardo Mortimer
Vitor Araújo surgiu como o prodígio que pisava no piano. À primeira vista, era o pianista de All Star. Aos poucos, foi sendo descoberto como o músico erudito que improvisava, e que nas terras de polêmicas armoriais tinha desafiado o frevo, o indie e o conservatório. Hoje, essa fase começa a ficar para trás, e Vitor Araújo começa a ser o pernambucano parceiro de Junio Barreto, convidado de Otto, fã de Mombojó e integrante do Seu Chico, que ainda por cima é a revelação do ano de 2008 para a Associação Paulista de Críticos de Arte.
Aliás, entre os pernambucanos que um dia foram ídolos do ainda garoto de 19 anos, ele é Vitaraújo. Com sotaque, por favor. Assim, Vitaraújo é o rosto mais novo de uma geração que saía da infância quando Chico Science rufou as primeiras alfaias e deu o choque na lama estagnada de Recife e Olinda. O que era do mangue bit, há uns quinze anos, hoje é uma capital que abarca não só maracatu, cirandas, funks, rocks e hip hops, mas cinema, musas, música pra roçar, e um piano nada deslocado. É da confusão de uma grande cidade que ferve que Vitinho (não esqueça o sotaque) tira a concentração para marcar suas fronteiras: "Meu objetivo é trocar sentimentos com o público. Eu quero ver o público aplaudir de pé, mas meu trabalho é muito sincero".
Ainda sobre os conterrâneos contemporâneos, Vitaraújo manda que "Todos se abraçam com muita facilidade, e mesmo eu sendo um erudito, eu também entrei nessa turma . Sai coisa de lá aos montes, e com qualidade, não é fast-food". A espontaneidade do pernambucano, portanto, depende sempre do espírito que se cria em torno do palco. "O público faz o show. Quando tem praia na cidade, sempre é mais quente". Tomara que faça sol.
O TEATRO FECAP
O Teatro FECAP é o espaço da música brasileira em São Paulo. Desde a sua inauguração em setembro de 2006, com quatro semanas de shows de Paulinho da Viola, o Teatro FECAP vem apresentando o melhor da música brasileira em seus diversos gêneros, quase sempre com espetáculos especialmente concebidos, que se beneficiam de sua extraordinária acústica e aparelhagem sonora.
Entre os artistas que passaram por seu palco estão: Rosa Passos, João Bosco, Martinho da Vila, Arnaldo Antunes, Roberta Sá, Tânia Maria, Eduardo Gudin & Leila Pinheiro, Raul de Souza, Roberto Menescal & Andy Summers, Mônica Salmaso & Pau Brasil, Toninho Ferragutti, Joyce, Ângela RoRo, Quarteto Maogani, Proveta, Cristina Buarque & Terreiro Grande, Germano Mathias, Mario Adnet, Proveta, Ângela Ro Ro, Boca Livre, Chico César, Teresa Cristina & Grupo Semente, Toninho Horta, Pife Muderno, Leny Andrade, Quinteto Violado, Nana Vasconcelos & Yamandú Costa, Altamiro Carrilho e Dominguinhos.
Ficha técnica do Teatro FECAP: Homero Ferreira (Direção artística), Américo Marques da Costa (Direção de produção), Thyago Bráulio (Produção executiva), David Alexandre e Camila Speciali (Produção executiva), Alberto Ranellucci (som), Carlos Rocha (som), Rafael Valim (som), Silvestre J. R. e equipe (iluminação), Valéria Marchesoni (design gráfico).
VITOR ARAUJO em TOC no FECAP - Serviço
Local: Teatro Fecap (Av. Liberdade, 532, tel. 2198–7719 - www.teatrofecap.com.br)
Datas e horários: 14, 15 e 16 de agosto – sexta e sábado, 21h, e domingo, 19h
Lotação: 400 lugares
Duração: 90 minutos
Preços: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Bilheteria: de terça a sábado, das 14h às 21h; domingo, das 14h às 19h, no próprio teatro.
Internet: www.teatrofecap.com.br
Central de Ingressos: através do telefone (11) 2626-0929. De segunda a domingo das 9h às 21h.
(Cartão de Crédito: Master, Visa e Dinners).
Estacionamento c/ manobrista: R$ 12,00
Recomendado para maiores de 12 anos
Acesso para deficientes físicos
Teatro: Ar condicionado e wine bar
Mais informações: (11) 2626-0929
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