Venha para São Paulo curtir o
15º Cultura Inglesa Festival
Com mais de 60 atrações, o evento terá a presença de ícones britânicos como o Gang of Four e o baixista da formação original dos Sex Pistols, Glen Matlock, entre muitas outras surpresas. Shows gratuitos, balada, mostra de cinema, exposições, vários espetáculos e uma exposição multimídia de ficção científica estão entre as atrações que vão agitar São Paulo no período entre 27 de maio a 12 de junho.
São Paulo será um excelente programa para quem gosta de diversão e entretenimento no período de 27 de maio a 12 junho. Com mais de 60 atrações, as cores da bandeira britânica misturam-se às de São Paulo, em uma explosão de arte no 15o Cultura Inglesa Festival – um evento que vai eletrizar a cidade em diversos pontos – da estação de metrô Paraíso ao Parque da Independência, passando pelos auditórios da própria Cultura Inglesa, Cine Livraria Cultura e casas noturnas da Rua Augusta. A principal novidade é a presença de artistas britânicos, em uma programação de tirar o fôlego com a apresentação de artistas emblemáticos como a banda Gang of Four e o baixista da formação original dos Sex Pistols, Glen Matlock, que ataca de DJ.
Mas o cardápio é amplo, com grupos nacionais, mostra de cinema, espetáculos teatrais, de dança e uma exposição multimídia de ficção científica. Esta é a maior edição que o evento já teve. As atrações são abertas ao público e a maioria é gratuita. Não perca tempo, venha para São Paulo e embarque nessa viagem.
Música no Parque
O “Música no Parque” anima o festival com uma maratona de shows gratuitos, no dia 29 de maio, das 11 às 20 horas, no Parque da Independência. Os novíssimos expoentes da cena britânica, o duo Blood Red Shoes (os dois álbuns lançados apontam para para o garage rock, mas com um pé fincado no punk e pós-punk) e o guitarrista e vocalista Miles Kane (ex-vocalista do The Rascals, ele lança seu primeiro álbum solo pela Columbia Records no começo de maio, com participação especial de Noel Gallagher. Já colaborou até com o Artic Monkeys). As duas bandas mostram como a influência do punk e pós-punk foi digerida e traduzida em versão século 21. E um dos maiores ícones do rock da virada dos anos 1970 para os 1980, o Gang of Four, faz o show de encerramento: o grupo vem ao País para essa apresentaç&ati lde;o exclusiva no 15º Cultura Inglesa Festival.
Não é mera coincidência que os três convidados internacionais façam um som mais visceral e cru. “A intenção é mostrar que existe um rock mais direto no Reino Unido, uma sonoridade que geralmente é associada apenas aos Estados Unidos”, fala o curador Alexandre Matias. As pessoas tendem a associar a Inglaterra ao britpop e a uma sonoridade mais suave. Ledo engano: existem pedradas sonoras e uma árvore genealógica sonora que vai do The Who ao punk, passando pelo pós-punk e que influencia novos grupos até hoje. “No Música no Parque, temos os avós e os netos dessa tradição”, comenta o curador.
O evento começa com as bandas Brotherhood, Cadillac Bourbon e Lady Luck. A primeira foi a vencedora do Cult in Music, festival anual com bandas de alunos da Cultura Inglesa, e as outras duas, também participantes desse festival, foram escolhidas através de votação pelos alunos da escola na campanha Let’s Rock Together. Os alunos também escolheram as duas grandes bandas nacionais que irão interpretar o rock britânico: o Cachorro Grande toca The Who e o The Mockers mostra o repertório dos Beatles.
Música na Noite
Mas a música não para de soar: ela se estende até a balada e aquece as pistas no Música na Noite, dentro da programação do festival. O curador, jornalista e DJ Lucio Ribeiro divide as pick ups com duas referências da cultura pop britânica: o baixista e membro da formação original do Sex Pistols Glen Matlock, e o produtor e DJ Alan McGee (músico, um dos fundadores do selo Creation Records e descobridor de bandas como Jesus and Mary Chain, Primal Scream, Oasis e The Libertines). McGee toca com Lucio no dia 27 de maio, no Studio SP, e Matlock, no dia 28 de maio, no Beco 203 – a inclusão de casas do Baixo Augusta é uma novidade na programação do festival. O primeiro fará ainda um bate-papo em inglês com o público sobre a cena musical britânica, no Studio SP, antes de sua discotecagem, às 15 horas. “Por sua importa nte atuação na música desde o final dos anos 1980 até agora, ele talvez seja o cara que mais tenha a falar sobre o assunto hoje em dia”, comenta Lucio.
O melhor é que o público vai poder fazer parte dessa noite ao lado dos convidados internacionais. No concurso “Tweet and Shout”, tanto alunos da Cultura Inglesa como não alunos poderão postar playlists com músicas que tenham relação com o trabalho de Glen Matlock e Alan McGee, através do Twitter, postando links para as músicas. Os autores das duas melhores playlists abrirão a noite nas casas noturnas da programação, além de ganhar CDs autografados pelos artistas convidados e free pass para as baladas. Haverá tanto votos do público, em uma primeira fase, como da comissão julgadora do festival.
Atrações em várias áreas, para todos os perfis
O cinema também marca presença. Haverá um panorama com longas britânicos inéditos, uma retrospectiva dos hilários filmes do grupo Monty Python e exibição de curtas brasileiros inspirados em obras do Reino Unido. “As pessoas conhecem pouco do jovem cinema inglês, que é de baixo orçamento como o brasileiro. Os filmes escolhidos vão revelar esse lado, com muitos temas urbanos”, diz uma das curadoras da mostra, Flávia Guerra.
Entre a programação de espetáculos está “Ivan e os Cachorros”. Escrita por Hattie Naylor originalmente para o rádio – o teatro radiofônico é forte na Grã-Bretanha – ela foi adaptada para os palcos em forma de monólogo, com uma série de recursos de áudio e imagens, com o ator Eduardo Mossri e direção de Fernando Villar. “É a peça que tem maior caráter experimental”, ressalta um dos curadores dos espetáculos, o diretor teatral e tradutor Rubens Rusche. A autora Hattie Naylor será uma das convidadas especiais do Festival e irá ministrar ainda um workshop de dramaturgia para estudantes e profissionais da área nos dias 30 e 31 de maio.
Exposições no Centro Brasileiro Britânico também integram o festival, promovendo diálogos entre a cultura brasileira e a britânica, através de instalações, pinturas e performances. O artista Maurício Ianês, um dos expoentes da arte contemporânea nacional, estará presente com a instalação “Um e outro Silêncio”, em que faz referência à peça “Ohio Impromptu”, de Samuel Beckett. Já o artista Paulo Almeida apresenta “Reflecting the Collection”, com oito telas espelhadas em obras do acervo da Tate. Enquanto a obra “UnFreeze”, concebida por 11 artistas, propõe um paralelo à mostra “Freeze”, idealizada pelo célebre Damien Hirst em 1988. Enquanto ainda era estudante da Goldsmiths, HIrst reuniu um bando de colegas e encheram de obras um prédio vazio da área portuária de Londres, atraindo a atenção de curadores importantes. Em “UnFreeze”, os artistas brasileiros apresentam instalações de formatos variados, performances, vídeos e fotos. “O festival, do ponto de vista das artes plásticas, é um dos raros exemplos de apoio direto à produção, o que permite a jovens artistas realizar trabalhos que dificilmente seriam expostos numa galeria comercial ou museu”, diz Fabio Cypriano, um dos curadores da mostra.
A ficção científica também aterriza no evento. Uma exposição multimídia na estação de metrô Paraíso com painéis, fotos, vídeos, música e quadrinhos vai traçar uma linha do tempo e mostrar a influência do tema em toda a cultura britânica. Haverá videoclips, exibição de séries de TV, capas de livros e outras referências à literatura, da criadora de “Frankenstein”, Mary Shelley, à “Guerra dos Mundos” de H. G. Wells, além de uma seqüência de filmes do gênero exibidos no mesmo local. A curadoria é de Rogério de Campos.
SERVIÇO:
15º Cultura Inglesa Festival
De 27 de maio a 12 de junho
Programação completa: festival.culturainglesasp.com.br
REDES SOCIAIS
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